sábado, 5 de novembro de 2011

A CIVILIZAÇÃO DO AMOR.


ENCONTRO ESTADUAL DO MNISTÉRIO FÉ E POLÍTICA
05 de novembro de 2011.
Auditório da Cúria Bom Pastor
Garcia – Salvador – BA.
PALESTRA DE Dom Murilo Sebastião R. Krieger, scj


         Começo lendo o trecho do Evangelho de Mateus 5, 13 – 16.
         “Vós sois o sal da terra. Ora, se o sal se tornar insosso, com que o salgaremos.?. Para nada mais serve, senão para ser lançado fora e pisado pelos homens.
         Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte. Nem se acende uma lâmpada e se coloca debaixo de uma caixa, mas no candelabro e assim ela brilha para todos os que estão na casaa. Brilhe do mesmo modo a vossa luz diante dos homens, para que, vendo as vossas boas obras, glorifiquem vosso Pai que está nos Céus.”
         O sal não existe para si mesmo, existe para dar sabor à comida; e para dar sabor à comida o sal deve se colocar dentro da comida; assim os cristãos devem estar no meio do mundo para dar sabor à esse mundo. A Irmã Dulce dos Pobres não se refugiou na solidão, ao contrário, ela procurou estar no meio dos pobres.
A Carta a Dioneto foi escrito por algum cristão que apresenta ao pagão Dioneto o que é o cristianismo. Vejamos um texto:
“Como para o mistério da característica do cristianismo, não espera que você seja capaz de  entendê-la. O Cristianismo não é distinto dos outros pagãos desta terra, pois fala o mesmo idioma, paga os mesmos impostos. Vivem nas mesmas cidades dos pagãos, têm uma vida simples. A doutrina que os cristãos possuem não foi achado graças à inteligência e a especulação de homens curiosos, nem eles fazem profissão, como alguns pagãos fazem, habitam as cidades gregas, de acordo com cada um o ajustou em sorte, e seguindo os usos de cada região em o que recorre ao modo de se vestir e comem a comida que os outros comem, vivem um tenor de vida admirável e, para confissão de tudo, extraordinário. Os Cristãos habitam as próprias cidades onde todos vivem, mas vivem como estrangeiros; pois participam em tudo como os cidadãos, mas vivem como estrangeiros; e toda terra lhe é estranha porque sua Pátria é o Céu.   
Eles se casam como todos e geram as crianças como todos, mas eles não abandonam seus filhos. Eles comem em comum ao redor da mesma mesa. Eles vivem na carne, mas eles não vivem de acordo com a carne. Eles estão na terra, mas a cidadania deles é do céu. Eles cumprem as leis estabelecidas, mas com a própria vida superam as leis. Eles amam tudo, e tudo eles os procuram, Eles são levados ao martírio, e com sua morte recebem a vida. Eles são pobres, mas enriquecem muitos; mesmo na tristeza são sempre alegres, sendo indigentes e lhes faltando tudo, enriquecem a muitos, nada tendo, embora tudo possuam, (2 Cor. 6, 10), Eles são desonrados, mas eles se gloriam da desonra. Eles são caluniados, e desculpam os seus caluniadores, são insultados e abençoam aqueles que lhes insultaram. Eles fazem o bem, e são castigados como malfeitores; diante da pena de morte eles ficam alegres. Todos os que lhes odeiam não sabem dizer a razão do seu ódio contra eles; Em suma, o que é a alma para o corpo que é o Cristão para o mundo. A alma é esparramada por todos os polos do corpo, e o Cristãos vivem em todas as cidades do mundo. A alma habita o corpo certamente, mas não é do corpo, e o Cristão também habita no mundo, mas não são do mundo. A alma é invisível e está na prisão do corpo visível, e o Cristão é conhecido como homens que vivem no mundo, mas sua religião permanece invisível. “
Na vida comunitária o homem vive mais feliz e as tarefas são distribuídas.
Há um ditado, que certamente provém de um falso deus, quando diz: “cada um por si e deus por todos”, este deus não é o nosso Deus, porque o nosso Deus é o Deus que está no meio dos homens, pois quando dois ou três estão reunidos e unidos entre si, Deus está no meio deles, (Mt. 18, 20).
Se todos vivessem os dez mandamentos os homens seriam mais felizes, porque ninguém ia roubar, nem matar, nem mentir, nem desejar mal para ninguém.
O Evangelho propõe que todos tenham uma vida digna e nos ensina a arte do bem viver. (Jo. 10, 10).
Quando a Igreja fala de opção preferencial pelos pobres, fala em prol das pessoas que estão precisando mais, pois os mais fracos têm o direito de serem tratados preferencialmente do que os fortes, que não estão tendo necessidade urgente de atendimento. Esta opção preferencial pelos pobres é uma opção política.
Devemos construir o bem estar de todos, mas quem nasce na Etiópia está pré-determinado que será analfabeto, que poderá morrer na infância, que terá pouca longevidade. Deus nos deu inteligência e capacidade para mudar e transformar o mundo para fazer a todos felizes; por isto a política precisa de pessoas éticas e conscienciosas para transformar o mundo e não deixar a política com os gananciosos e corruptos. Os políticos devem saber administrar os bens que são de todos e devem saber distribuí-los para todos, porque queremos o bem da polis, da cidade.
Aquele homem insatisfeito com as coisas erradas no mundo, resolveu ir para a Igreja rezar. Na Igreja encontrou um pobre sujo, feridento, doente, faminto, mal vestido, e aquele homem rezou assim: “Senhor, faz alguma coisa por este pobre”. E o Senhor respondeu: “Eu já fiz, eu fiz você”.
Quem reza pedindo para que Deus faça, não entendeu o que é oração. Quem faz oração se coloca à disposição de Deus para realizar o que Deus quer que se faça, e Deus quer que todos tenham  vida, e vida em abundância.
O Cristão deve ter convicção e a convicção deve estar fundamentado em valores.

ESTADO LAICO


ENCONTRO ESTADUAL DO MNISTÉRIO FÉ E POLÍTICA
05 de novembro de 2011.
Auditório da Cúria Bom Pastor
Garcia – Salvador – BA.
PALESTRA de Otoney
e do Deputado Federal Nelson Pelegrino,
ESTADO LAICO

         A Constituição atual do Brasil declara que o Estado é laico.
         Na Bahia os Deputados Estaduais no dia 13 de novembro de 1001 aprovou e sancionou a lei de Nº 7.945 que declara o que o Ensino Religioso na Bahia é confessional e pluralista.
         Quando o adolescente de 16 anos de idade e acima desta idade, no ato da matrícula escolar, devem deixar por escrito, sua opção de estudar a matéria de RELIGIÃO, se é com professor católico ou protestante.
         E os pais de adolescentes e crianças abaixo dessa idade, no ato da matrícula escolar, devem deixar por escrito, no ato da matrícula dos seus filhos, se querem que os seus filhos estudem religião com professor católico ou protestante.
         O Professor de religião deve ser escolhido dentre os Professores já contratados pela Secretaria de Educação e Cultura do Estado, e a Diocese deve entregar à  Secretaria de Educação e Cultura do Estado, um comprovante que aquele Professor é qualificado para ministrar religião.
         O Estado democrático é o ato de governar homens livres, respeitando as diversidades, as diversas religiões, e a opção do cidadão escolher.
         O princípio da subsidiariedade é que a sociedade civil dialoga com o Estado resguardando o seu espaço de autonomia;
         Pode-se dizer também, que a subsidiariedade é o que a Igreja dialoga com o Estado resguardando o seu espaço de autonomia.
         Por exemplo, na cidade de Milão, na Itália, se o Estado gasta R$ 100, 00 (cem reais) por um aluno na Escola do Estado; e os pais deste aluno quer matriculá-lo em Escola particular para que  seu filho tenha formação católica, então os pais deste aluno, tem direito de receber os R$ 100, 00 (cem reais) do Estado para matricular o seu filho na Escola que eles quiserem, se a Escola particular que estes pais for matricular o seu filho, a taxa de matrícula for maior que R$ 100, 00 (cem reais), problema deles. E´ a tal da liberdade religiosa e da subsidiariedade.
         O Estado é laico mas não é anti-clerical.

AÇÃO SOCIAL DA IGREJA



 
ENCONTRO ESTADUAL DO MNISTÉRIO FÉ E POLÍTICA
05 de novembro de 2011.
Auditório da Cúria Bom Pastor
Garcia – Salvador – BA.
PALESTRA DE Pe. Manoel de Oliveira Filho
responsável da Pascom.
Ação social da igreja.

A ação social da Igreja Católica começou dois mil anos atrás, quando as viúvas estavam sendo desprezadas, (At. 6, 1; At. 6, 1 – 7), e em todos os séculos a Igreja Católica atuou no social, vejamos somente alguns fatos:
Na idade média, as Irmãs Negras de Santo Agostinho combateram a cólera.
Criou as Santas Casas de Misericórdia, as Universidades, católicas, as Rádios Católicas, Canais de Televisão Católica.
Frei Hildebrando Krutahup, OFM, fundou a Rádio Excelsior da Bahia.
O Movimento Comunhão e libertação está com a campanha de arrecadação de alimentos em catorze supermercados de Salvador, para serem distribídos a vinte e sete creches de Salvador.
Todo cidadão pode ver no site da transparência do seu município a quanto anda a política do seu município, acessando os seguintes sites:
www..tmunicipio.org;br     Site da transparência política do município.

www.bb.org.br    No site do Banco do Brasil, você poder ver quanto de recurso entrou no seu município.

A POLITICA E A IGREJA



A POLITICA E A IGREJA.
Geovani Azevedo dos Santos
Pré-Candidato a Vereador em Salvador,
Teólogo, Pós-graduado em Gestão Ambiental,
Coordenador da Pastoral do Batismo,
Graduando em Filosofia.


Durante a reunião de um determinado partido político, um sindicalista fez o seguinte questionamento: “dizem que política é coisa suja... a quem interessa que esta afirmação seja uma verdade.?.
         Em nosso meio religioso encontramos pessoas que questionam a presença de leigos na vida pública por achar que o ambiente é sujo, porém pouco tenho ouvido questionamentos sobre a quem interessa a difusão desta afirmação. E´ verdade que a corrupção na vida pública tem sido motivo de manchetes diárias nos jornais e televisão, mas pouco se ouve falar de testemunhos dignos de aplausos. No entanto, se pesquisarmos encontraremos homens e mulheres que fazem e fizeram da sua vida política um exemplo de honestidade a serem seguidos.
         Ficar indiferente diante da corrupção por entender que os leigos comprometidos com o evangelho não devem participar, não é uma atitude sensata e ela os coloca na condição de coniventes por omissão. E´ o que nos afirma Dom Murilo S. R. Krieger, scj, Arcebispo de Salvador, em seu artigo intitulado: A política num mundo em crise, publicado em 20 de junho de 2011.
         “A cultura brasileira se caracteriza pelo desconhecimento do dever cívico de participar da política, sobretudo, pela falta de informação adequada acerca do objetivo real das discussões políticas e pelo não conhecimento dos aspectos mais rudimentares do processo político. Não é de se admirar, então, que estejamos enfrentando problemas que há muito temppo deveriam ter sido resolvidos.”.
         “A indiferença diante do que acontece ao nosso redor é um desastre, do ponto de vista social, e um pecado, do ponto de vista evangélico. Como cristãos, somos chamados a introduzir em nossa sociedade valores, que ouro algum no mundo seria capaz de comprar: justiça, liberdade, respeito, tolerância, reconciliação, gratuidade, ética, etc..”.
         O Papa Bento XVI, durante a XXIV Assembléia Plenária do Pontífício Conselho para Leigos, na Itália, em 2010, também nos ajuda a compreender a imnportância da nossa participação na vida pública, seja através do voto, ou através da missão de exercer cargos, “... a política é um âmbito muito importante do exercício da caridade...”. “Precisamos de políticos autenticamente cristãos, mas acima de tudo, de fiéis leigos que sejam testemunhas de Cristo e do Evangelho na comunidade civil e política....”
         Não basta alguém dizer: “Sou cristão” para escolhermos este como nosso representante na vida pública; é preciso conhecer o compromisso que eles possuem com o Evangelho e o compromentimento com a Doutrina Social da Igreja na sua vida em comunidade. Nós, pregadores, catequistas, líderes, somos chamados a divulgar e ensinar a todos esta doutrina que a Santa Mãe Igreja nos disponibiliza.
         Convido você a rezar um Pai Nosso e uma Ave Maria para que nas eleições de 2012 tenhamos eleitos homens e mulheres cheios do Espírito Santo e prontos para ser um João Batista, preparado pelo jejum e oração para denunciar o erro e anunciar a verdade.

ESTADO LAICO



 

ESTADO LAICO.
Eunice Santos Cruz.


O Ministério Público Federal de São Paulo ajuizou ação pedindo a retirada dos símbolos religiosos das repartições publicas.
Pois bem, veja o que diz o Frade Demetrius dos Santos Silva:

   -“Sou Padre católico e concordo plenamente com o Ministério Público de São Paulo, por querer retirar os símbolos religiosos das repartições públicas…
    Nosso Estado é laico e não deve favorecer esta ou aquela religião. A Cruz deve ser retirada!
     Aliás, nunca gostei de ver a Cruz em Tribunais, onde os pobres têm menos direitos que os ricos e onde sentenças são barganhadas, vendidas  e compradas.
    Não quero mais ver a Cruz nas Câmaras legislativas, onde a corrupção é a moeda mais forte.
    Não quero ver, também, a Cruz em delegacias, cadeias e quartéis, onde os pequenos são constrangidos e torturados.
    Não quero ver, muito  menos, a Cruz em prontos-socorros e hospitais, onde pessoas pobres morrem sem atendimento.
    É preciso retirar a Cruz das repartições públicas, porque Cristo não abençoa a sórdida política brasileira, causa das desgraças, das misérias e sofrimentos dos pequenos, dos pobres e dos menos favorecidos”.

Frade Demetrius dos Santos Silva * São Paulo/SP

CORAGEM É CORAGEM... verdades são verdades... PASSE ADIANTE...